Resenha: Sem deixar rastros

Livro: Sem deixar rastros
Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 272

Sinopse:

Myron Bolitar parecia destinado a uma carreira de sucesso na NBA quando uma lesão no joelho o afastou definitivamente das quadras. Porém, 10 anos depois, o agente esportivo, que também atua como detetive nas horas vagas, está de volta ao jogo – não para cumprir seu destino como astro do basquete, mas para desvendar mais um mistério. O ídolo dos Dragons de Nova Jersey, Greg Downing, principal adversário de Myron na época da faculdade, desapareceu sem deixar rastros pouco antes das finais do campeonato nacional. À frente do caso, Myron trabalhará infiltrado entre os jogadores para tentar obter informações que o levem ao paradeiro do antigo rival, com quem também competiu pelo amor de uma mulher. O que a princípio parece um típico desaparecimento vai ganhando contornos inesperados à medida que a investigação avança, reacendendo em Myron lembranças que ele nunca imaginou ter que reviver. Com a ajuda de seus fiéis escudeiros, o excêntrico Win e a ex-lutadora profissional Esperanza, ele comprovará que seus piores pesadelos estão mais vivos do que nunca. E, em meio ao glamour da NBA e a criminosos da pior espécie, vai descobrir coisas sobre si mesmo que mudarão sua vida para sempre.

RESENHA:

Harlan sempre me surpreendendo. Leitura de fim de semana com um gostinho de quero mais.
Não conseguia parar de ler e fiquei mega surpresa com um desfecho pessoal.

Myron recebe uma proposta um tanto quanto tentadora de voltar as quadras de basquete.
Porém, tudo tem seu preço. Myron é contratado para descobrir o paradeiro de Greg, o ídolo da NBA e seu principal adversário da época da faculdade.
Com a ajuda de Win e Esperanza (sempre!!), Myron corre atras do paradeiro de Greg.

Em busca de comprovação dos fatos, uma das primeiras tentativas de conseguir algumas pistas é a invasão a casa de Greg. E é justamente nesse cenário que Myron e Win descobrem roupas femininas espalhadas no quarto de Greg e marcas de sangue no porão.
De quem seria o sangue? Será que Greg foi sequestrado? E quem seria a mulher que estava com Greg? Myron não sossega até ter uma resposta e no meio de suas investigações ele descobre que Greg está com uma grande dívida de jogo. Seria esse o motivo da fuga?

Myron e Win conseguem algumas informações e descobrem que a ultima mulher que Greg falou, foi encontrada morta e o principal suspeito é Greg, já que todas as provas o incriminam.
Durante a investigação do desaparecimento de Greg, Myron tem que enfrentar alguns fantasmas do passado, a dor de voltas as quadras, a decepção, a confiança e a volta por cima.

O terceiro livro da série, faz com que os fãs descubram muito sobre o passado do Myron, o relacionamento com Jessica, a família e a dor de ter encerrado sua carreira no auge da sua forma.

Além de contar com a participação de Win  (mais calmo), Esperanza (mais crítica com o relacionamento de Myron com Jess) e agora com a personagem de Big Cindy (parceria de Esperanza no ringue).

Sou suspeita para falar, pois Myron mora no meu coração, e é o detetive-agente mais sarcástico que eu já li. Amo todos os livros da série.
Super recomendo!!!

Resenha: Cinco porquinhos

Livro: Cinco porquinhos
Autor: Agatha Christie
Editora: Globo
Páginas: 288

Sinopse:

Tudo começa com uma carta, seguida então da presença de sua autora, Carla Lemarchant: "uma jovem alta e esbelta de vinte e poucos anos; o tipo de mulher jovem para quem definitivamente se olhava duas vezes". Trata-se de, triplamente, pedir para Poirot resolver um crime, desfazer uma injustiça e limpar um nome. O crime, o assassinato de seu pai, o célebre pintor (e ainda mais célebre mulherengo) Amyas Crale; a injustiça, a condenação de sua mãe, a bela Mrs. Crale, pelo assassinato; o nome, a dessa mesma Mrs. Crale, já falecida (estamos dezesseis anos depois do crime), que sua filha jur a ser inocente, apesar de todas as provas em contrário. Resta, naturalmente, encontrar então o verdadeiro assassino, uma das cinco pessoas que estavam na casa do pintor naquele dia fatídico...

RESENHA:

Sabe aquele filme que você assiste e fica pensando nele o tempo todo por ser muito bom??
Então, nesse caso foi um livro e não um filme. Mas o filme que passa na nossa cabeça quando criamos as imagens quando lemos é simplesmente fantástico.
Cinco porquinhos foi mais uma livro pra deixar Agatha no seu eterno posto de musa policial.

Hercole Poirot está de volta para ajudar uma jovem a descobrir o que realmente aconteceu no assassinato de seu pai, Amyas Crale, um grande pintor famoso na época.
Carla passa por um dilema, pois a jovem quer se casar, mas acredita que alguns fantasmas do passado estão impedido a sua felicidade ao lado do noivo. Para tirar essa história a limpo, Carla decide contratar Poirot para desvendar o verdadeiro assassino de seu pai, já que ela recebeu uma carta onde a mãe, Caroline Crale (principal suspeita do crime) se diz inocente.
Como o assassinato ocorreu há 16 anos atrás, Poirot não pode mais contar com as pistas, por conta do passar dos anos, porém conta com a avaliação psicológica de todos que se encontravam na casa no dia do assassinato.
Poirot começa então sua investigação e se inspira numa música infantil típica da Inglaterra:  

"This little piggy went to market,
This little piggy stayed home,
This little piggy had roast beef,
This little piggy had none,
And this little piggy went wee wee wee all the way home."

Investigando o caso, Poirot faz sua análise de cada suspeito.

This little pig went to market (este porquinho foi ao mercado): O melhor amigo de Amyas, Phillip Blake, é um cara rico e tem uma bela carreira no mercado de ações. Tem uma implicância com Caroline desde muito jovens e acredita que ela fosse a culpada do assassinato.

This little pig stayed home (este porquinho ficou em casa): Irmão mais velho de Phillip, Meredith Blake, é vizinho dos Crales. Passou a juventude ao lado de Amyas, Phillip e Caroline. Ainda vive na propriedade e na época do crime fazia pesquisas amadoras de venenos. E foi após um de seus discursos sobre um venenp que o mesmo foi encontrado em Amyas. Acredita que Caroline era inocente, porém se influenciou com as pistas da policia.

This little pig had roast beef (este porquinho comeu rosbife): Amante de Amyas, Elsa Greer - hoje Lady Dittisham - foi o pivô de todo o problema: na época do assassinato ela se envolveu com Amyas após começar a posar para um quadro. Jovem, milionária, do tipo que consegue tudo que quer, estava na casa dos Crales posando quando se confrontou com Caroline, informando que iria se casar com Amyas. Acusa Caroline de tê-lo matado para que não ficasse com ela.

This little pig had none (esse porquinho ficou sem nada): Governanta e babá da irmã mais nova de Caroline, Miss Williams era muito dedicada a Sra Crale e não entendia como  Caroline conseguia suportar as amantes do marido. Não tinha dúvida que Caroline era culpada mas que o marido dela  teve o que merecia.

This little pig went 'wee wee wee' all the way home (esse porquinho fez 'wee wee wee' até chegar em casa): Caroline cuidava da irmã mais nova, Angela, com 15 anos na época do crime. Quando pequena sofreu um ataque de Caroline no qual deixou seu rosto desfigurado. Apesar disse tinha um amor incondicional pela irmã. Angela não se dava bem com Amyas, pois achava que o mesmo queria mandá-la para um colégio longe para Caroline dar mais atenção para ele. Acredita na inocência da irmã.

Juntando todos os relatos, o desfecho não poderia ser mais surpreendente.
Mais uma vez Poirot arrasa nas investigações.

Como uma leitura, leve e envolvente, Agatha Christie é a Rainha dos livros policiais com louvor!!

Resenha: Água para elefantes

Livro: Água para elefantes
Autor: Sara Gruen
Editora: Sextante
Páginas: 272

Sinopse:

Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solícitas e fantasmas do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora.
Aos 23 anos, Jacob era um estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.
Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais.
É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.
"Água para Elefantes" é tão envolvente que seus personagens continuam vivos muito depois de termos virado a última página. Sara Gruen nos transporta a um mundo misterioso e encantador, construído com tamanha riqueza de detalhes que é quase possível respirar sua atmosfera.

RESENHA:

Confesso que pensei em desistir do livro pois fala de um tema que não me atrai muito, porém precisava de um livro mais calmo e tranquilo, pelo atual momento que estou passando.
Nada de suspense, uma pitada de romance, fala sobre animais, amor e idosos.
Então, sem mais delongas (adoro essa palavra) , vamos a resenha:

O livro conta a história de Jacob, um jovem que ao saber da noticia do falecimento de seus pais, não tem forças para continuar e  desiste de fazer as provas finais da faculdade de medicina.
Andando sem rumo, Jacob encontra no circo O Esquadrão Voador a chance de dar uma virada em sua vida.
Jacob começa no circo como ajudante nos serviços gerais, até ser descoberto por August que é um "quase" veterinário, passando a ser o Veterinário oficial. E é no circo que ele descobre suas duas grandes paixões: Marlena e Rosie.
Marlena é esposa de August, um amor impossível, platônico, sublime.
Rosie é a nova aquisição do Tio Al (dono do circo) uma elefanta que não obedece ao chamado de ninguém.
Ao mostrar seu trabalho no circo, Jacob conquista a confiaça de August e passa a desfrutar de noites de bebidas em seu camarote junto com Marlena. Essa aproximação acelara ainda mais o coração de Jacob por Marlena.E no meio desse amor platônico, surge Rosie, a elefanta que só atende aos comandos de Jacob e passa a ser a salvação do circo.

O livro é narrado pelo próprio Jacob, com então 93 ou 92 anos (como ele mesmo diz), e traz uma abordagem interessante sobre a vida num asilo. As lembranças, os sonhos, as expectativas, a vida. Além de abordar a questão da exploração de animais, que é um tema sempre atual.

O livro foi adaptado para o cinema e lançado em 2011 (não vi, não posso comentar).