01 setembro 2013

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Resenha: O Castelo de papel



Livro: O Castelo de papel
Autor: Mary Del Priore
Editora: Rocco
Páginas: 320

Sinopse:
O castelo de papel narra a biografia cruzada da princesa Isabel e seu marido, o conde d’Eu. Ele, um nobre europeu, neto do último rei da França. Ela, obediente filha e herdeira do Império do Brasil. Em comum, a formação rígida e a devoção religiosa. A união por interesses familiares não impediu que fossem apaixonados por toda a vida, representando o retrato acabado do romance do século XIX. Através da história dos dois, o livro revela a tensa atmosfera de um mundo em transição. Mary del Priore é uma das mais importantes historiadoras do Brasil e grande especialista no período do Império.

RESENHA:

Como grande fã de livros de História do Brasil, ganhei esse lindo presente de aniversário e acabei descobrindo uma parte da história do Império que eu desconhecia.
Mary del Priore traça a vida da princesa Isabel e o príncipe consorte Conde D’eu  e nos transporta para dentro da história da corte do Brasil Império, atrasado e bem conservador, enquanto o mundo estava se desenvolvendo.
 O livro mostra que Isabel era uma mulher recatada, dedicada à jardinagem, à família, à religião, até com certo preconceito com relação aos escravos - que terminaria por libertar por meio da Lei Áurea, em 1888. Embora nos livros de história tenha solidificado a imagem dela como uma figura progressista, amplamente abolicionista e ambiciosa, os documentos a mostram bem menos "revolucionária".
Isabel era completamente apaixonada pelo seu marido, a forma carinhosa que eles se tratavam é relatada através de cartas, enquanto ele estava em batalha, na Guerra do Paraguai.
Gastão (Conde d’Eu) era neto do rei francês deposto em 1948, Luis Felipe, e abdicou da possível sucessão ao trono galês em troca do sonho de reinar nos trópicos, para desespero de seu pai, Nemours. Casado com a princesa Isabel, via na nova nação a possibilidade de aplicar suas ideias liberais.
Já Dom Pedro, não dava espaços para o genro no governo. Mesmo durante a Guerra do Paraguai, foi difícil conseguir que o imperador o enviasse ao campo de batalha. Ao perceber que não teria chances que se envolver com a política do Brasil, Gastão isolava-se com Isabel longe da corte.
O livro não retrata diretamente a única história associada à Princesa, que foi a Abolição, porém nos leva a um contexto no esse acontecimento dá início a um novo pensamento. Um pensamento liberal, influenciando assim os republicanos.
A saída da família Real do Brasil e a Proclamação da República encerram essa surpreendente história.

Sugestão:

  • Leitura dos dois livros de Laurentino Gomes (1808 e 1822), para acompanhar os passos da Família Real no Brasil.
  • Em seguida leia: O Castelo de Papel
  • E por ultimo: 1889 (Laurentino Gomes)

2 comentários:

  1. Muito bacana =)
    http://socidadedamodafeminina.blogspot.com.br
    Vou ver se consigo ele, para ler!

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  2. Também sou viciado em livros e costumo compra-los em quantidade para ler depois. Adoro História, especialmente a do Brasil.

    Li dois livros da Mary: Histórias Íntimas e O Príncipe Maldito, esse último, simplesmente espetacular.

    Atualmente, estou lendo "Os Bestializados", de José Murilo de Carvalho. Dele, li a melhor biografia de D. Pedro II, de quem sou um incondicional fã.

    Muito interessante a sua resenha. Parabéns pelo seu blog e por ser uma leitora contumaz.

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