30 dezembro 2013

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Resenha: A Travessia

Livro: A Travessia
Autor: William P. Young
Editora: Arqueiro
Páginas: 240


Sinopse:

Um derrame cerebral deixa Anthony Spencer, um multimilionário egocêntrico, em coma. Quando “acorda”, ele se vê em um mundo surreal habitado por um estranho, que descobre ser Jesus, e por uma idosa que é o Espírito Santo. À sua frente se descortina uma paisagem que lhe revela toda a mágoa e a tristeza de sua vida terrena. Jamais poderia ter imaginado tamanho horror. Debatendo-se contra um sofrimento emocional insuportável, ele implora por uma segunda chance. Sua prece é ouvida e ele é enviado de volta à Terra, onde viverá uma experiência de profunda comunhão com uma série de pessoas e terá a oportunidade de reexaminar a própria vida. Nessa jornada, precisará “enxergar” através dos olhos dos outros e conhecer suas visões de mundo, suas esperanças, seus medos e seus desafios. Na busca de redenção, Tony deverá usar um poder que lhe foi concedido: o de curar uma pessoa. Será que ele terá coragem de fazer a escolha certa?

RESENHA:

Pra que amou o livro A Cabana, vai se surpreender com esse novo livro de William P Young.a
A Travessia é simplesmente emocionante. Uma viagem para a casa de Deus e a descoberta da intimidade com Deus.
Vamos a resenha:

Anthony é um daqueles caras que tem dinheiro, não dá atenção a família, só pensa em trabalho e é a pessoa mais egocêntrica e arrogante do mundo. Acho que isso já resume o livre.
Porém como diz o ditado: "Quando não encontramos Deus pelo amor, encontramos pela dor" , e foi assim que Anthony conheceu esse outro lado.
Ele perdeu seus pais muito novo, e foi separado do irmão ainda criança, quando foi adotado. Já adulto, se tornou um homem de sucesso, casou-se duas vezes com a mesma mulher e teve um casal de filhos.
Porém tem coisas que o dinheiro não compra, e nesse caso foi a saúde de seu filho Gabriel. A partir daí Anthony ignora a presença de Deus.

Anthony sofre um derrame no seu "esconderijo secreto" e por sorte (ou seria Deus agindo???) ele consegue chegar ao um estacionamento, onde foi encontrado e lavando ao hospital em coma.
A partir desse momento, Anthony se dá conta que está num local estranho e tem seu encontro com Jesus e Vovó (Espírito Santo) e que faz com que ele tenha emoções que ele nunca tinha sentido antes. 
Tony começa a ver como ele age com a outras pessoas, como ele é de verdade e começa a sentir uma tristeza e um arrependimento muito grande de sua vida. Vovó então diz que ele tem uma jornada muito especial, e que deverá escolher uma pessoa para curar.
E nesta jornada Tony vivi as melhores experiências, conhece pessoas maravilhosas (Cabby - um adolescente com síndrome de Down, Molly - Mãe de Cabby e Maggie - amiga de Molly e e sua maior aliada nessa jornada),  descobre o verdadeiro amor de Deus e aprende a amar o próximo.

Sinceramente, um dos melhores livros que eu li sobre o amor de Deus.
A forma como a história é retratada, nos faz refletir sobre como estamos lindando com o próximo nesse mundo.
Um livro muito impactante, com uma leitura simples, em terceira pessoa e bem objetivo.

Super recomendado!!!

"-Deus é capaz de transformar toda a dor, todo o desamparo, toda a mágoa e todas as coisas ruins em algo que jamais poderiam ter sido, ícones e monumentos de graça e amor. É profundamente misterioso como as feridas e cicatrizes podem se tornar preciosidades, ou como uma cruz implacável e aterrorizante pode se tornar o maior símbolo de um amor inabalável.
- E isso vale a pena? - sussurrou Tony.

- Pergunta errada, filho. Não existe "isso". A pergunta certa sempre foi: "Você vale a pena?" E a resposta é e sempre será "Sim!"."




14 dezembro 2013

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Viciado em leitura ou viciado em comprar livros?




Fui marcada no facebook por uma amiga num texto que faz uma interpretação muito interessante sobre nós leitores. Confira:


A hora de parar de comprar livros

As promoções de fim de ano são um teste para a sanidade (e o bolso) de qualquer leitor

 

No dia 31 de dezembro do ano passado, prometi que não compraria livros em 2013. Tomei essa decisão depois de olhar para minha estante e admitir que, por maior que fosse a minha dedicação à leitura, um ano seria pouco para zerar a minha lista de livros comprados e não lidos. Só a abstinência a impediria de continuar crescendo até sair do controle. Se é que eu ainda a controlava.

Logo descobri que ambos eram incontroláveis: a lista de livros não lidos e o meu impulso consumista. Aproveitei uma promoção para fazer duas compras no próprio dia 31, com a desculpa de que 2013 ainda não havia começado. Seria o último pedaço de bolo antes do regime. Mas não houve regime. Antes que janeiro terminasse eu havia quebrado a promessa novamente, por culpa de outra promoção imperdível. Refiz e quebrei a promessa mais duas ou três vezes antes de admitir minha derrota. Prendi novas estantes no quarto. Já estão quase cheias.

Dezembro e janeiro são meses difíceis para leitores que querem manter o controle. As férias de fim de ano nos dão mais tempo para ler, e as promoções em livrarias físicas e virtuais são tentadoras. Com a chegada da moda da Black Friday ao Brasil, as ofertas já surgem no último fim de semana de novembro. São muito bem-vindas: como os livros ainda são caros no país, os leitores mais pacientes aproveitam essas ocasiões para aumentar seu poder de compra. Com a quantidade e a frequência dos descontos, sobretudo no fim do ano, só os apressados ou distraídos compram livros pelo preço de capa.

O problema é não saber a hora de parar. Nos leitores menos controlados, as promoções despertam um instinto de posse. Acumulamos livros sem necessidade, por não saber quando será a próxima promoção e pelo simples prazer de tê-los, embora não sejamos capazes de ler tudo o que compramos.

Há quem diga que comprar um livro é tão bom quanto lê-lo. É um disparate, evidentemente. Mas comprar um livro é muito melhor que não comprar um livro. Criamos algum vínculo com os livros que compramos, mesmo que a lombada esteja intacta e nunca tenhamos passado do prefácio.
Não acredita? Imagine uma conversa com outro leitor. Imagine que, em meio a comentários sobre suas preferências literárias, ele lance uma pergunta: “Você já leu Grande sertão: veredas, do Guimarães Rosa?” – ou qualquer outro livro, de qualquer outro autor. Cada resposta vem acompanhada de uma sensação diferente. “Já li, claro” é uma vitória completa. Cubra-se de glórias, a não ser que você esteja mentindo. “Não li” é uma derrota e uma confissão de ignorância. Algo natural e até saudável, mas que poucos egos estão dispostos a suportar. Melhor dar outra resposta. “Tenho, mas não li” é um saboroso prêmio de consolação. Você continua desconhecendo o conteúdo do livro, mas as histórias de Riobaldo e os encantos de Diadorim estão lá, te esperando, ao alcance das suas mãos. Falta só encontrar tempo para eles. Há leitores que se alimentam desse pequeno prazer e esnobam grandes livros por anos, até finalmente tomar vergonha e lê-los. "Hoje não, Guimarães Rosa. Não insista. Deixe-me terminar os russos primeiro."

O prazer irracional de comprar livros que não lemos pode se tornar um vício. O primeiro passo para vencê-lo é admitir que temos um problema. Depois disso, precisamos testar nossa força de vontade aos poucos. Minha decisão de passar um ano inteiro sem compras foi obviamente precipitada.

Minha nova tentativa será mais modesta. Não passarei 2014 sem comprar livros, mas só comprarei livros em 2014. Dezembro será um mês de jejum. A única exceção (sempre há uma) serão os presentes para parentes e amigos. Compras para uso pessoal estão proibidas.
Será difícil, mas devo sobreviver. Aproveitarei a ocasião para me dedicar às leituras atrasadas e diminuir, finalmente, a pilha de livros não lidos. Talvez arrume minhas estantes e faça algumas doações, já que o espírito é de desprendimento. Um consolo é saber que o Natal se aproxima. Sempre há  chances de receber presentes. Fica o convite para colegas, amigos e familiares. As promoções devem começar logo. São ótimas. Comprem livros.

Texto retirado do Site Época - Coluna do Danilo Venticinque  

01 dezembro 2013

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Resenha: Não Brinque com fogo

Livro: Não Brinque com fogo
Autor: John Verdon
Editora: Arqueiro
Páginas: 400


Sinopse:

No ano 2000, um criminoso que ficou conhecido como Bom Pastor matou seis pessoas em estradas, dentro de seus carros em movimento. Na época, ele enviou um manifesto à polícia no qual deixava claras suas motivações: uma cruzada solitária contra a ganância. Após o sexto assassinato, no entanto, encerrou a matança e nunca foi descoberto. Dez anos depois, uma jovem estudante de jornalismo está fazendo um documentário sobre os familiares das vítimas quando coisas estranhas começam a acontecer em sua casa. Objetos são trocados de lugar, maçanetas são afrouxadas, luzes se apagam sozinhas. Assustada, ela contrata Dave Gurney como consultor. Depois de ler o material sobre o caso – incluindo o perfil psicológico do assassino elaborado pelo FBI –, o detetive coloca em dúvida toda a lógica da investigação. Ao confrontar os agentes responsáveis, porém, Dave percebe que está mexendo em um ninho de vespas, o que fica evidente quando até pessoas que o apoiaram no passado se voltam contra ele. Agora seu único aliado é o antigo parceiro Jack Hardwick, um policial grosseirão e debochado que não esconde seu desprezo pelas autoridades. Com sua ajuda, Dave tem acesso aos relatórios confidenciais do caso e começa a própria investigação. Mais uma vez, ele se colocará em risco enquanto tenta provar seu ponto de vista e capturar o criminoso. Além de reunir todas as qualidades da série Dave Gurney – personagens bem construídos e uma admirável engenhosidade narrativa –, “Não Brinque Com Fogo” vai além: é um lembrete do poder da fé em si mesmo num mundo onde isso é cada vez mais raro.


RESENHA:

Não Brinque Com Fogo é o terceiro volume da série protagonizada pelo detetive aposentado David Gurney. Eu simplesmente amo o Dave e esse jeito meio bolado. Estava ansiosa pra ler mais um livro de John Verdon, que nos prende com facilidade e se deixar você lê em 1 dia.
Vamos a resenha:

Dave ainda se recupera do acidente que o deixou em coma (após ter tomado alguns tiros), e como sequela está com um zumbido no ouvido que o deixa incomodado. No início do livro ele está bem depressivo e rabugento,  por conta da recuperação. E com toda a paciência (e sinceridade) do mundo, sua esposa Madeleine o desafia a sair dessa deprê.
Ele recebe o telefonema de uma amiga pedindo pra que dê consultoria no projeto de sua filha Kim, sobre um documentário do caso Bom Pastor. O que era pra ser apenas um dia de consultoria, acaba se tornando um desafio para Dave, no qual ele acha que algumas peças dessa terrível sequencias de assassinatos ainda está faltando.
Gurney percebe que o FBI acabou aceitando muito facilmente a teoria do manifesto do Bom Pastor e encerrou a investigação. Nesse mesmo tempo, Kim está filmando para seu documentário com familiares das vítimas e que será exibido numa rede de TV sensacionalista.
Kim é simplesmente a mocinha mais chata desse livro (na minha opinião). Pois ela simplesmente tenta negar o tempo todo que é uma menina mimada, o que de fato não consegue. O caso dela com o namorado, a briga com sua mãe e a vontade de querer mostrar o documentário, mesmo sendo exposta e ameaçada mostra que maturidade não é seu forte.
Contando com poucas pessoas pra ajudar, Dave começa a sua investigação e com isso acaba na mira do FBI pelos fatos que vem descobrindo e as peças vão se encaixando.
Mais uma vez John Verdon surpreende a todos com esse grande thriller de tirar o fôlego.
A história é fantástica e a sagacidade de Dave é fenomenal.

Alguns pontos de destaque para o livro:

  • O título do livro não se refere exatamente aos assassinatos do Bom Pastor, e sim a um caso isolado onde o celeiro da casa de Dave é incendiado de uma maneira misteriosa;
  • O título original "Let the devil sleep" (Não acorde o diabo) seria mais original e teria ligação direta com a história do Bom Pastor;
  • Kim foi a personagem mais chata de todos os tempos e fez com que Dave fosse sua babá o tempo todo no livro;
  • Pra quem leu e não gostou eu indico a leitura dos dois primeiros livros do Verdon: Eu sei o que você está pensando e Feche bem os olhos, garanto que não vai se arrepender;
- Você está querendo saber que decisão eu tomaria se não fosse eu, com meu passado, meus sentimentos, meus pensamentos, minha família, minhas prioridades, minha vida. Será que você não vê? Minha vida não poderia me colocar na sua posição. Não faz o menor sentido.
Ela piscou, perplexa.
- Por que você está com tanta raiva? 

Página 77.










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